Meu primeiro livro publicado foi nominado “É ASSIM.”, com
ponto final mesmo.
Eu estava muito revoltada
e via a cadeira de rodas, bem como a casa que tive que construir, como
uma condenação que eu considerava injusta.
Encontrei muitos tropeços e algumas poucas vitórias, sempre
com a pecha de “deficiente”. o que NÃO ME DEFINE.
Um dia, fiz um blog. A Internet abrira o leque e meu computador deixou de ser visto, por mim, apenas como uma grande, eficiente e moderna máquina de escrever.
Minha primeira visita virtual foi ao “FRACTAIS” da Calu. Ali
havia um texto divulgado, no qual uma frase mexeu comigo:
“Pare de matar um leão por dia... Cuide do seu leão!”
Pensei que era inegável o fato de eu ter um leão. Eu tentava matá-lo diariamente e
no dia seguinte ele voltava. Meu cansaço era enorme!
Juntei minhas ‘forças’. fiz outro blog e pus o leão lá...
visitava-o regularmente e alimentava-o... pra minha surpresa, o leão foi
diminuindo de tamanho, até voltar a ser filhote... então soltei o leão, excluindo definitivamente aquele blog “SOBRE RODAS”.
Sei que ainda tenho um leão e continuo cuidando dele, mas
ele não me ataca mais.
Hoje sou uma MULHER que não pode dispensar ajuda nenhuma, mora numa casa confortável e
locomove-se usando uma cadeira de rodas.
Sei que “A VIDA VEM EM ONDAS, COMO O MAR” e que não “É
ASSIM.”, é “ASSIM, ASSIM...”.